segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Breve Histórico - Macaé antes da Petrobras


A História de Macaé inicia-se no decorrer do século  XVII,  com sua fundação pelos índios Goitacazes do Norte, liderado pelo governador geral Gaspar de Souza, visto a expulsão dos nativos pelos novos habitantes da antiga vila de cabo frio em 1615. A colonização oficial teve início em 1630, quando os padres jesuítas vieram para essas terras com o intuito de civilizar e evangelizar as populações que aqui residiam, assim fundando a Confraria de Sant’Ana, em 1630, e erguendo a capela de Sant’Ana.


Legenda: Igreja de Sant´Ana – Década de 40.

Assim, a povoação de Macaé teve início no sopé do morro de Sant´Ana, na  ´´Fazenda  Macaé´´, ou ´´Fazenda de Sant´Ana, segundo  historiadores, esta ocupada por colonizadores e religiosos. Logo a primeira atividade econômica foi a pesca, cujo sucesso era grande, devido a abundância de peixes. Logo em seguida, iniciou-se o investimento na agricultura, que com sua expansão, as margens do rio Macaé, levou a criação dos Distritos das Neves e Cachoeiros de Macaé, posterior o distrito do Sana e logo mais, distrito do Frade.

No início do século XIX, inicia-se a exploração de madeira. Com isso, a produção do povoado aumentava, passando para Cereais, porcos, cabritos,aves, ovos,feijão, arroz,fumo, etc. Com a expulsão dos Jesuitas pelo Marquês de Pombal, em 1795, a localidade recebeu novos imigrantes com o intuito de ocupar as terras já apaziguadas.O povoado começa a progredir, com o surgimento de novas fazendas e engenhos, o que o eleva a categoria de vila, com o nome de ´´Vila de São João de Macaé´´, em 29 de julho de 1813. Inicia-se em meados de 1850 a produção de café, nos distritos de maior altitude, como Sâna, Frade, Neves, Conceição e Cachoeiros.Nessa época, destaca-se como uma das maiores produtoras de café da região a fazenda Airís.
                                                         
                                                         Legenda: Fazenda Airis - 2014
 

 


Legenda: Antigo anuncio da Usina Cabiúnas.
 
Com o crescimento da produção e o estimulo do crescimento da população, Macaé torna-se município em 25 de janeiro de 1814,sendo passagem terrestre obrigatória entre Campos e Rio de Janeiro.Já em 15 de Abril de 1846, a lei provincial nº 364 concede a Macaé o título de cidade.
 
Legenda: Primeira ponte de Macaé.

Em 1862 é lançado o primeiro jornal da cidade, o ´´Monitor Macahense´´. Dez anos depois, é iniciada a construção do canal Campos – Macaé, com a finalidade de auxiliar o escoamento da  produção de açúcar de Campos, que estava a todo vapor.Esse canal de 109 quilômetros foi um estimulo para a época, pois proporcionou a utilização da enseada de imbetiba como porto comercial, alem de facilitar ainda mais a transição de mercadorias entre as cidades.
                                                   Legenda: Jornal Monitor Macahense - 1867
Legenda: Canal Campos – Macaé - 2013
 
No ínicio do século 20, Macaé recebe os primeiros projetos da linha férrea, interligando as cidades de Quissamã, Araruama e a cidade do Rio de Janeiro.Com a instalação da ferrovia, na época a LEOPOLDINA RAILWAY,  grandes fábricas ( como a de tamancos Veneza, a Fabrica de Vassouras Esplêndidas e a Fábrica de bebidas Prince) começaram a se instalar na cidade, que passou a receber por dia 10 locomotivas com todos os tipos de mercadoria. Em 1910, o governador do estado, Alfredo Backer, cria  a prefeitura Municipal de Macaé.

 
 
                                  Legenda: Anuncio da Fábrica de bebidas Prince e Casa Veneza
 
 
Legenda: Estação ferroviária de Macaé - 1905
Em 1917, Macaé recebe a energia elétrica, vinda de Campos, e em 1927, o presidente da República (e também macaense) Washington Luiz veio para a inauguração da usina de luz em Glicério, evento que reuniu grandes políticos da época.
                                    
                                              Legenda: Usina Hidroelétrica – Glicério. - 2013

Durante as décadas seguintes, Macaé manteve o foco na agropecuária, agricultura e pesca,destacando-se como uma das cidades mais produtivas do estado. Suas principais lavouras são de Cana de açúcar; laranja, tomate,café, mandioca.milho. banana. Feijão.batata doce. Arroz e abacaxi.
A economia da cidade manteve- se estável  no decorrer dos anos até que, em 1970 com a escolha da Petrobrás para instalar sua sede na região; e o início das instalações em 1977, a economia de cidade cresceu rapidamente, gerando uma grande demanda por serviços e produtos, e por consequência, o crescimento da população, que hoje ultrapassa os 200 mil habitantes, bem diferente da realidade de 1922, quando Macaé possuía apenas 54.892 habitantes.
 
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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Indicadores de Macaé

Macaé, centro de suporte das operações offshore da Petrobras na Bacia de Campos - responsável pela produção de 80% do petróleo nacional e de 40% do gás natural – une vigor econômico com potencial para novos investimentos. Com estimativa populacional de 217.951 em 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade cresceu em população mais do que o dobro em menos de vinte anos.

O município contabiliza números superlativos: é a sétima do país na evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do setor de energia, com 5,4% e nona melhor cidade do Brasil para fazer carreira, segundo a Fundação Getúlio Vargas.

Todo esse potencial socioeconômico reflete na necessidade constante do poder público multiplicar investimentos para atender a demanda nos setores de saúde, educação, infraestrutura, saneamento e também na mobilidade urbana. Na prefeitura, a mobilidade urbana, que envolve análises de trânsito, transporte, ambiente urbano e coletividade, busca soluções inovadoras, integrações e requalificação.

Fonte:http://www.macae.rj.gov.br/fumdec/conteudo/titulo/indicadores

Comida a quilo tem variação de 37% nos restaurantes do Centro




De acordo com uma pesquisa realizada há alguns meses pela Associação de Empresas de Cartões de Refeição e Alimentação (Assert), Macaé é o município com o preço mais caro pelo quilo da comida do estado do Rio de Janeiro, na cidade o preço também fica acima da média nacional de R$ 27,40. Para agravar a situação, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) sobe a cada mês subsequente, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) o Índice de Preços ao Consumidor semanal (IPC-S), que avalia os preços no varejo, teve um aumento de destaque no grupo de alimentação (de 0,29% para 0,43%) com destaque para as carnes bovinas (de 1,08% para 1,91%). 

Desta maneira, quem trabalha no Centro de Macaé sabe bem que na hora do almoço as opções são variadas e os preços também.

Pensando nisto, O DEBATE, realizou uma pesquisa direcionada ao preço pelo quilo da refeição nos restaurantes self service localizados no Centro da cidade e constatou que, de acordo com a preferência do consumidor, a variação pode chegar a 37%. Ainda de acordo com os consumidores, conforto e variedade são determinantes para os preços cobrados por esses estabelecimentos que variam em média entre R$ 46 e R$ 29 o quilo. Na pesquisa foram contabilizados apenas os restaurantes self service atuantes no Centro da cidade.

"A maioria das empresas hoje paga um ticket refeição de R$ 12 a R$ 14 diários para o almoço, incluindo a minha. Desta forma, não me incomodo em inteirar um valor mensal para comer em um lugar onde a comida é saudável, tem boa variedade e o ambiente é bacana", diz o eletrotécnico, Maicon Lopes.

Já para algumas pessoas mais comprometidas, preferem usar o famoso ticket-refeição para as compras mensais de casa.
"Procuro sempre economizar o crédito do ticket para as compras do mercado, assim posso montar o cardápio que quiser e levar a comida já pronta de casa", observa a Engenheira de equipamentos, Cláudia Lúcia Vasconcellos.
Por outro lado os administradores dos restaurantes se defendem e explicam o porquê da comida estar tão salgada, alegando que também são vítimas do custo de vida alto da cidade.

Fora o custo alto dos impostos no município, hoje em dia é cada vez mais difícil conseguir mão de obra qualificada e quando se consegue tem que pagar um valor razoavelmente alto por ela, levando em consideração que competir salários com a indústria do petróleo não é fácil. Com tudo isto, estes custos têm que ser remanejados para algum lugar, logicamente a saída mais óbvia é o preço da comida pago pelo consumidor final. Estratégia essa que, sinceramente, não agrada os comerciantes mais experientes e que gostam de ter seus clientes sempre cativos", observa o gerente de um dos restaurantes do setor na cidade.

De acordo com o coordenador do Procon-Macaé, Carlos Fioretti, o consumidor que suspeitar da faixa tara dos pratos (desconto do peso do prato vazio pela comida consumida pelo cliente) deve imediatamente se dirigir à filial do órgão do município e denunciar as possíveis irregularidades

"Não temos recebido reclamações deste tipo na cidade e via de regra, as vistorias não costumam dar problema. Contudo, o consumidor tem o direito de exigir que o restaurante self service disponibilize em local visível um cartaz que informe o peso do prato utilizado no bufêt. Se mesmo assim o cliente continuar suspeitando da elevação abusiva no preço, ele deve procurar imediatamente o setor do órgão no município e denunciar", explica o coordenador do Procon-Macaé.


Vídeo: O Dia na Economia: Petróleo e o 'fator medo'

"Não há excesso de demanda, mas a alta na cotação do petróleo, que esteve no centro das últimas crises econômicas, volta agora a provocar apreensão", comenta José Paulo Kupfer


Fonte: YouTube




Vídeo: Macaé: Um grande negócio

Conheça a capital do Petróleo no Rio de Janeiro

Fonte: YouTube

HISTÓRIA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO DE MACAÉ



Desde a década de 1970, quando a Petrobras escolheu Macaé para ser a sede de suas operações na Bacia de Campos, a cidade deu um salto de crescimento. Mais de quatro mil empresas se instalaram no município e a população foi multiplicada por dez - hoje são mais de 200 mil habitantes. Surgiram hotéis de luxo e uma série de empreendimentos do setor de serviços, principalmente no ramo de restaurantes. O turismo de negócios aumentou.

O petróleo é maior força econômica de Macaé. Nos próximos dois anos, a meta da  Petrobras é produzir 2 milhões e 200 mil barris de óleo por dia. Até 2010, a Petrobras investiu US$ 25,7 bilhões na Bacia de Campos, o equivalente a 80% dos recursos da empresa em Exploração e Produção para todo o país. O município tem a maior taxa de criação de novos postos de trabalho do interior do estado, de acordo com pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan): 13,2% ao ano. A economia da cidade cresceu 600% desde 1997. Um levantamento elaborado em 2007 pelo IBGE demonstrou que o Produto Interno Bruto per capita da cidade é de 36000 reais por ano, 6 200% maior do que a média nacional.6 O município atrai empresas de todo o país e do mundo: a cidade recebeu, recentemente, quatro hotéis de luxo (Blue Tree, Sheraton, Confort e Royal).

Pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas apontou a cidade como a que mais se desenvolveu na última década no eixo Rio-São Paulo. Por sua ótima economia, Macaé foi eleita pelo jornal A Gazeta Mercantil como a cidade mais dinâmica do estado, levando em consideração o Índice de Desenvolvimento Humano. Em 2004, a Fundação Getúlio Vargas apontou Macaé como a segunda melhor cidade brasileira para se trabalhar. A cidade também recebeu o título de Município Amigo da Criança, em reconhecimento às ações nas áreas de educação e saúde. O prêmio foi dado pela Organização Pan-Americana de Saúde. Macaé sedia a Brasil Offshore, feira que reúne quase 500 empresas do setor de petróleo de 50 países. A feira é realizada no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, o segundo maior do estado, construído em uma área de 110 mil metros quadrados no bairro São José do Barreto. O crescimento trouxe (e ainda traz) também milhares de pessoas de outras regiões do país, em sua grande maioria sem qualquer qualificação profissional, que esperavam  encontrar trabalho farto. Porém, a realidade é que a oferta de empregos é grande para quem tem boa qualificação profissional, sendo exigência mínima, quase sempre, o domínio da língua inglesa. Esses migrantes ajudaram a aumentar enormemente o tamanho e a quantidade de favelas na cidade, sob os olhos complacentes e assistencialistas dos seguidos governos municipais durante os quais a migração ocorreu.Além disso, Macaé ganhou, em 11 de Setembro de 2008, o Shopping Plaza Macaé, um shopping que, por possuir lojas importantes, incluindo grandes franquias internacionais. Este shopping, ao oferecer mais opções de comércio para a cidade e região, cria a expectativa de maior desenvolvimento para a economia da cidade.




ENTREVISTA

Entrevista do Sr. Leonardo Pessanha da Rocha - Vice-Presidente do FUMDEC - Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social de Macaé.

A Equipe do blog Economia Macaense agradece a Leonardo Pessanha pela entrevista fornecida e deseja sucesso à frente da vice-presidência do FUMDEC.

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