De acordo com uma pesquisa realizada há alguns meses pela Associação de Empresas de Cartões de Refeição e Alimentação (Assert), Macaé é o município com o preço mais caro pelo quilo da comida do estado do Rio de Janeiro, na cidade o preço também fica acima da média nacional de R$ 27,40. Para agravar a situação, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) sobe a cada mês subsequente, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) o Índice de Preços ao Consumidor semanal (IPC-S), que avalia os preços no varejo, teve um aumento de destaque no grupo de alimentação (de 0,29% para 0,43%) com destaque para as carnes bovinas (de 1,08% para 1,91%).
Desta maneira, quem trabalha no Centro de Macaé sabe bem que na hora do almoço as opções são variadas e os preços também.
Pensando nisto, O DEBATE, realizou uma pesquisa direcionada ao preço pelo quilo da refeição nos restaurantes self service localizados no Centro da cidade e constatou que, de acordo com a preferência do consumidor, a variação pode chegar a 37%. Ainda de acordo com os consumidores, conforto e variedade são determinantes para os preços cobrados por esses estabelecimentos que variam em média entre R$ 46 e R$ 29 o quilo. Na pesquisa foram contabilizados apenas os restaurantes self service atuantes no Centro da cidade.
"A maioria das empresas hoje paga um ticket refeição de R$ 12 a R$ 14 diários para o almoço, incluindo a minha. Desta forma, não me incomodo em inteirar um valor mensal para comer em um lugar onde a comida é saudável, tem boa variedade e o ambiente é bacana", diz o eletrotécnico, Maicon Lopes.
Já para algumas pessoas mais comprometidas, preferem usar o famoso ticket-refeição para as compras mensais de casa.
"Procuro sempre economizar o crédito do ticket para as compras do mercado, assim posso montar o cardápio que quiser e levar a comida já pronta de casa", observa a Engenheira de equipamentos, Cláudia Lúcia Vasconcellos.
Por outro lado os administradores dos restaurantes se defendem e explicam o porquê da comida estar tão salgada, alegando que também são vítimas do custo de vida alto da cidade.
Fora o custo alto dos impostos no município, hoje em dia é cada vez mais difícil conseguir mão de obra qualificada e quando se consegue tem que pagar um valor razoavelmente alto por ela, levando em consideração que competir salários com a indústria do petróleo não é fácil. Com tudo isto, estes custos têm que ser remanejados para algum lugar, logicamente a saída mais óbvia é o preço da comida pago pelo consumidor final. Estratégia essa que, sinceramente, não agrada os comerciantes mais experientes e que gostam de ter seus clientes sempre cativos", observa o gerente de um dos restaurantes do setor na cidade.
De acordo com o coordenador do Procon-Macaé, Carlos Fioretti, o consumidor que suspeitar da faixa tara dos pratos (desconto do peso do prato vazio pela comida consumida pelo cliente) deve imediatamente se dirigir à filial do órgão do município e denunciar as possíveis irregularidades
"Não temos recebido reclamações deste tipo na cidade e via de regra, as vistorias não costumam dar problema. Contudo, o consumidor tem o direito de exigir que o restaurante self service disponibilize em local visível um cartaz que informe o peso do prato utilizado no bufêt. Se mesmo assim o cliente continuar suspeitando da elevação abusiva no preço, ele deve procurar imediatamente o setor do órgão no município e denunciar", explica o coordenador do Procon-Macaé.
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